Há muitos dilemas sobre eventos virtuais esportivos. É um nicho em desenvolvimento, uma rede de aprendizado. Ainda há pouca informação reunida.
Além disso, tem um modelo de negócio diferente, não sabemos ainda: se comporta crescimento, quem paga por este serviço, quanto está disposto a pagar.
Entretanto, uma coisa sabemos: abrir o portfólio para virtuais é uma das estratégias mais importantes para sobreviver ao agora. Já falamos disso neste texto, mas, em resumo, não tem, necessariamente a ver com resultado, mas sim com relevância.
Sabemos também que não é fácil pivotar. É uma mentalidade diferente de quem, há anos, está produzindo apenas experiências presenciais.
Pensando nisso, resolvemos reunir aqui atalhos, com nossos aprendizados mais importantes neste quase um ano de pandemia – e foco.
Hackeamos as virtuais para você, em 14 dicas.
1.Ciclo de vida pequeno…
Uma das principais sacadas é que os eventos virtuais são alimentados por novidades constantes. É uma compra por impulso.
Você precisa manter constância nos lançamentos e novidades – este é, até agora, o maior potencial de escala.
Não é preciso encerrar vendas, mas partir para o próximo lançamento.
2. …mas lançamento grande
Valorize o evento como se fosse um presencial. O consumidor gosta de sentir que o produto foi trabalhado, planejado.
É preciso comprar a ideia antes que lançar a experiência.
3. Fator lúdico funciona: os fãs
Os eventos com temas mais lúdicos, com personalidade ou temas de comunidade, tendem a ter melhor performance.
Temas mais divertidos, leves e com referências à estilo de vida, em média, vendem mais. Vale a pena arriscar, lembrando dos ciclos curtos.
4. Não se apegue a uma ideia
Sua primeira tentativa de virtual provavelmente não dará certo. Nem a segunda. É preciso volume de propostas, produção com custo baixo.
E muito teste. Se você começar a produzir bastante uma hora vai acertar um nicho com demanda – e isso paga toda a conta.
5. Baixe a expectativa de vendas
Não adianta ter ilusão de que o evento virtual vai alcançar o mesmo volume de um presencial. Não é esse o negócio.
Você precisa apostar na cauda longa, na diversidade de produtos. A função das virtuais é primordial para sobrevivência, mas não de alcançar o mesmo patamar.
6. Humanize a conversa
Abra o jogo, converse com transparência com os consumidores. Nem sempre uma ideia vai ser bem sucedida.
Ter uma estratégia baseada em testes requer essa humanização da conversa. Você vai errar. E tá tudo bem.
7. Aqueça a comunicação e o discurso
Acredite em cada lançamento, coloque energia e cuidado. Ficou claro que eventos parecidos, com discursos de impacto diferentes, tiveram vendas diferentes.
Ter diversos produtos significa ter menos apego, mas como no pôker, todo lance é All-in.
8. Há mais sensibilidade à preço
O evento virtual precisa ser mais barato. Isso acontece porque a percepção de valor ainda é menor, a estrutura é invisível.
Por isso, tente trabalhar com margens menores. Lembre-se estamos criando uma cultura nova, é possível que, aos poucos, as virtuais se valorizem mais.
9. Frete tem grande impacto nas vendas
O preço é importante, mas o principal fator de abandono de carrinho é o frete.
Lembre-se: você precisa entregar kits nas casas de pessoas por todo país e isso custa caro. É válido elaborar estratégias e até parcerias regionais para minimizar este custo.
Quando menor o preço do frete, maior a venda.
10. Muita gente está “comprando um kit”
Muita gente coleciona medalhas. Você aproveita essa oportunidade?
É fato, não existe evento esportivo virtual sem um kit cheio de identidade e proposta.
11. Pense sobre capilaridade
Tire caráter regional da comunicação. Você agora tem alcance em todo Brasil.
Por isso, os eventos temáticos funcionam melhor. São democráticos e vendem para nichos de consumidores espalhados pelo país.
12. A experiência de recebimento do kit é subutilizada
O momento mais emocionante do evento virtual é a hora do recebimento do Kit.
Pouco explorado, é preciso apostar nesta etapa como parte da experiência. A emoção é um grande fator de recompra – e assim você constrói sua base de clientes.
13. É crucial negociar com fornecedores, não só preço, mas modelo
O modelo de compra de insumos deve ter o menor risco possível. Afinal, são muitas apostas, lançamentos e testes.
Os fornecedores precisam entender essa nova realidade e adaptar o modelo de vendas. Quantidades controladas, qualidade e criatividade.
14. É possível ser um bom negócio
É importante começar o projeto de virtuais acreditando. É outro mundo, mas é possível criar produtos de impacto, já vimos por aqui.
No futuro, com a volta dos presenciais, podemos ter um complemento de receita e formato.
Temos muito mais conteúdo sobre estratégia e sustentação de eventos virtuais no nosso Blog. Aproveite.